sábado, 22 de setembro de 2012

Pastelinhos de Belém

Depois de uma noite em que as notícias sobre o Conselho de Estado no Palácio de Belém encheram os nossos noticiários, falemos de Belém numa perspetiva… bem mais doce!
É consabido que, na política, anda tudo atrás dos tachos, e que a técnica culinária mais utilizada é a falácia. Pois bem, hoje proponho-me seguir essa arte de cozinhar!
O Pastel de Belém é o exemplo acabado de como algo pequeno e simples pode revelar-se delicioso.
Depois de visitar a Torre de Belém, o Padrão dos Descobrimentos e o Mosteiro dos Jerónimos, para alimentar o intelecto e, simultaneamente, abrir o apetite físico, corremos até à Rua de Belém, 84, único local onde se podem encontrar os verdadeiros Pastéis de Belém. Aí chegados, instalamo-nos numa das acolhedoras salas sobriamente decoradas em azul e branco, e aguardamos para fazer o nosso pedido.
Dizem os (gulosos) entendidos que é impossível comer apenas um pastelinho, por isso, mais vale pedir logo dois!
A louça condiz com o ambiente: azul e branca. Sobre ela, massa folhada fina, firme e estaladiça serve de cama a um suave e algo fluido creme, cujo sabor evoca as memórias do leite-creme da nossa infância.
Antes porém de ceder à tentação de devorar aquelas delícias, devemos polvilhá-las com canela e açúcar em pó, pois ficam ainda mais saborosas.
Esta receita dos Pastéis de Belém, obviamente, não o é, pois esta que é uma das “Sete Maravilhas Gastronómicas de Portugal” tem o seu segredo bem guardado na “Oficina do Segredo” da fábrica que a produz há 175 anos.
Mas digam lá se não tenho jeito para a política, digo, para a culinária: quase vos convenci de que sabia a receita!

2 comentários:

  1. Gulosos entendidos?

    É a mais pura e cristalina verdade!

    Beijinhos. Bom-fim-de-semana, S

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  2. ;) Obrigada! Confio sempre na tua - aliás douta - opinião!!

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