quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Verdadeiramente amiga

Chamaste-me chorona; e eu dei-te uma estalada.
Mas era verdade: eu chorava, porque não queria ir para a escola.
“Há certas verdades que não se devem dizer” – advogava eu com a filosofia dos meus tenros seis anos de idade.
Quando somos inexperientes é assim: a verdade magoa, porque fere o nosso egoísmo natural.
Os anos passaram e fomos crescendo juntas. As tardes de verão no jardim, os passeios junto ao rio, as alegrias e tristezas sempre partilhadas.
A tua presença amiga, sempre serena e tranquila, sempre pronta a escutar-me… e a dizer-me as verdades, o que hoje te agradeço, do fundo do meu coração!

15/08/1976 – ...

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