domingo, 1 de janeiro de 2012

O abismo

O abismo perfila-se à sua frente, no alto daquele rochedo.
Rodeia-o só a imensidão; preenche-o uma imensa solidão.
O fim a um passo.
Ouve-se o mar, num marulhar intenso e infinito. Ouvem-se também as gaivotas, que voam, descrevendo largos círculos, lembrando-nos que somos livres.
O vento é frio, mas sem ser desagradável. Desperta uma sensação de arrepio, mas é bom sentir, porque recorda-nos que estamos vivos.
Rafael abre os braços e inspira profundamente aquele aroma salgado que paira na humidade do ar.
Levanta os olhos para o céu e sorri.
Fita o horizonte, que se estende sem princípio nem fim, cheio de virtualidades, cheio de esperança.
Onde está o fim também está um princípio.
FELIZ ANO NOVO!

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