quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Soneto de uma vida

Era, sem dúvida, uma manhã de outono. Um tapete dourado cobria o chão, conferindo som aos passos dos que passavam, e o frio já ameaçava os mais incautos com o seu rigor.
Sentia-se só e cansado.
Ao passar por um acolhedor café rua abaixo, entrou. Talvez aí a encontrasse.
- Traga-me algo quente, por favor.
Não interessava o quê; queria apenas recuperar um pouco de conforto.
Recostou-se nos almofadões coloridos e ficou a observar o ambiente. O calor da bebida apaziguou-o. Até que a sentiu chegar, num lampejo! E, naquele ímpeto de inspiração, escreveu o mais belo soneto da sua vida.

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