quarta-feira, 4 de abril de 2012

História assombrosa

A noite era fria, banhada por um luar de prata.
Subitamente, apercebeu-se: um vulto grande e negro seguia-o! Assustado, acelerou o passo, na expectativa de conseguir fugir, caso o atacante tentasse agarrá-lo.
Alguns passos à frente, olhou outra vez por cima do ombro, e ele continuava em seu alcance!
Agora já não era medo que sentia: era pavor. O coração saltava-lhe no peito, a respiração era descontrolada, e os músculos estavam rígidos, em sinal de alerta.
Desatou a correr, a correr, pela larga e interminável avenida que conduzia à praia, e o vulto parecia crescer atrás de si.
Ao contornar uma curva, parou siderado. O vulto já não o seguia; perfilava-se agora à sua frente, igualmente assustador. Só então percebeu: fugia da própria sombra.

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