quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Maria

Mal nascia o dia,
Maria, limpava, lavava, engomava, …
E chegado outro dia,
outra vez repetia.

E esfregava, arejava, passava e polia.

Repetia as tarefas
sem jamais questionar.
Repeti-as, e as pressas
Não a deixavam pensar.

Nem via que a vida passava lá fora…
E os vincos passados a voltar sem demora,
E a cama fresquinha a não durar uma hora,
E no chão ora limpo a caírem migalhas,
E a cozinha ordenada já cheia de falhas…

Um dia acordou.
Olhou para o céu, e viu que era azul
Abriu a janela e o ar que a invadiu
Era fresco, tão livre!

Passou pelas roupas, sorriu;
Passou  pelo balde,  acenou.
Abriu cada porta, e partiu…
Um novo caminho tomou.

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