sábado, 18 de fevereiro de 2012

Feijoada!

Talvez seja necessária uma dose extra de boa vontade para encontrar algo de literário numa feijoada de Carnaval… Ou talvez seja apenas necessário ser apreciador de tão calórica e reconfortante delícia!
O que sei dizer é que ainda sinto o cheiro dos enchidos a fervilhar na panela, e as palavras são insuficientes para descrevê-lo. O fumo quente e húmido que enche o ar da cozinha faz despertar um misto de prazer antecipado e de náusea do excesso, porque é ténue o limite entre o gozo e a indisposição.
A orelha, o chispe, os enchidos da serra, a carne de vitela para os mais pequenos, … E o feijão! Vermelho, gordo, cozido no ponto, pronto a moderar os sabores fortes da carne.
E porque não completar este delicioso prato tão orgulhosamente nosso com o verde de uns grelos recém-colhidos, viçosos? O contraste perfeito, de cores e sabores!
Excessos. Sim, são excessos.
Mas o que é o Carnaval senão a festa dos excessos?

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