Quase tudo mudara: a loja onde comprava as guloseimas dera lugar a um café, as lojas de passamanarias quase já não existiam, as mercearias tradicionais sobreviviam a custo, os passeios de pedra haviam sido melhorados - mas até da calçada irregular sentia agora saudades...
Quando era pequena, Joana achava que tudo se manteria inalterado, imóvel no tempo, certo e seguro. Mas o tempo passara, e a mudança também.
Compreendia finalmente o sentido das palavras tanta vezes repetidas pela mãe e pela avó:
"- No meu tempo..."
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